A Articulação da Periferia, Macau e a Inquisição de Goa (c. 1582 – c. 1650)

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“Macau era assim um paraíso de refúgio para muitos suspeitos ou receosos do Santo Oficio”. Com esta frase lapidar, Charles Boxer sumariou, em 1942, a opinião corrente sobre um tema pouco aprofundado na História de Macau: que as características da presença portuguesa no território teriam impedido a atuação inquisitorial na cidade. Sem o esperar, o autor britânico sentenciou uma temática ao imobilismo durante décadas. O estudo das relações entre a Cidade do Nome de Deus na China e o Santo Ofício carece, até hoje, da mais elementar cronologia a respeito do que foram os ritmos da intervenção inquisitorial junto da sua população, do elenco dos seus penitenciados, assim como das reações locais à introdução do novo sistema normativo. Este livro pretende, justamente, preencher esse vazio ao abordar a natureza do vínculo institucional que se constituiu entre a Inquisição de Goa e Macau, das suas possibilidades sociais de implementação às exigências institucionais da sua gestão. No fundo, de como veio Macau a ser periferia do distrito do Santo Ofício de Goa entre as décadas finais do século XVI e os meados do século XVII.

Autor: Miguel Rodrigues Lourenço

ISBN: 978-972-858-647-8
Editores: CCCM – FM
Edição: Lisboa, 2016 | Idioma: Português | Nº Páginas: 367
Dimensões: 230x150x20 mm
Peso: 586 g