Macau, Cidade do Pecado: Histórias de transgressão na “Cidade do Nome de Deus” – Módulo II

CURSO DE FORMAÇÃO CONTÍNUA

Descrição do Curso

A história de Macau é feita de contrastes – de Oriente e Ocidente, desde logo, mas também de prosperidade e decadência. Luzes e sombras.

Posto avançado do comércio europeu e da missionação católica na Ásia Oriental, que lhe valeu o título de “Cidade do Nome de Deus”, Macau foi também antro de vícios e de contrabando, transformando-se até em “capital mundial do jogo”.

Neste curso, vamos explorar a natureza ambígua de Macau representada nos exemplos de transgressão que permitiram ao pequeno território sobreviver ao longo de conturbados séculos.

São histórias de uma Macau “noir”, em que as personagens são piratas e soldados da fortuna, senhores e escravos, reaccionários e revolucionários, concubinas e meretrizes, agentes secretos e seitas, num teatro de sombras em que virtudes e pecados muitas vezes se confundem.

Planificação – Módulo II

Sessão 1 (18 de outubro)

1 – O sonho de uma nova era dourada

1.1 – Um longo crepúsculo macaense

1.2 – Visitantes para ficar

1.3 – “Chinas cada vez mais absolutos”

1.4 – Balança desequilibrada

2 – Sob a influência do ópio

2.1 – “Lama estrangeira”

2.2 – Cidade renascida

2.3 – O temor das leis é menor do que a cobiça de lucrar

2.4 – O todo-poderoso Ouvidor

2.5 – “Povo infiel que trafica ópio”

2.6 – O ilustre “rato de cabeça-de-ferro”

2.7 – O incorruptível comissário

2.8 – Uma cidade ao dispor do tráfico

2.9 – Um fumo que não desaparece

2.10 – Bem pregam os pastores protestantes

2.11 – Um país viciado

2.12 – A primeira cruzada dos “polícias do Mundo”

2.13 – Militantes e traficantes

2.14 – As lendas negras dos detratores de Macau

Sessão 2 (25 de outubro)

1 – O tráfico de cules – mercadoria humana transatlântica

1.1 – O nascimento da diáspora chinesa

1.2 – Abertura, entradas, saídas e fugas

1.3 – A abolição da escravatura e o nascimento do tráfico de cules

1.4 – Um negócio imensamente lucrativo

1.5 – O tráfico de cules chega a Macau

1.6 – Regulamentos contra a ganância e a maldade

1.7 – Pressão Internacional

1.8 – O princípio do fim

1.9 – Um diplomata atento

1.10 – As ambiguidades manifestam-se

Sessão 3 (8 de novembro)

1- Os primórdios do jogo

1.1 – Tão antigo como a China

1.2 – Fortuna e bazar

1.3 – Imoralidade taxada

1.4 – A raíz da miséria e do vício

1.5 – Imagem denegrida

1.6 – Os primeiros magnatas do jogo

1.7 – Jogos chineses – das lotarias ao fantan

1.8 – Valores e penhores

1.9 – “Casas toleradas” – a prostituição tem lugar

1.10 – A hipótese de um casino

Sessão 4 (15 de novembro)

1 – Tempos modernos – oportunidades e crises

1.1 – Entre revoluções

1.2 – Vizinhos e concorrentes

1.3 – Fervores ncaionalistas

1.4 – A oposição de Lisboa

1.5 – Até à completa abolição

1.6 – O longo reinado da Tai Heng

1.6.1 – Kou Hou Neng

1.6.2 – Fu Tak Iam

1.7 – O inferno e o paraíso durante a Guerra do Pacífico

2- A casa ganha sempre – construindo a cidade do jogo

2.1 – Stanley Ho, o rei do jogo e de Macau

2.2 – Uma nova era do turismo

2.3 – “Moralmente condenável”, mas os dados estão lançados

2.4 – O primeiro casino

2.5 – A sombra de Hong Kong

2.6 – O Hotel Lisboa

2.7 – Os negócios das seitas

2.8 – Guerra sem quartel

2.9 – Os casinos da nova era

Horário: Quartas-feiras, das 13h00 às 15h30 (4 sessões)

Preço: 80 Euros Módulo II

Inscrição: cursos@cccm.gov.pt

Curso sujeito a um número mínimo de inscrições.

Formador

Hugo Pinto, jornalista, viveu durante 16 anos em Macau, tendo trabalhado no jornal Ponto Final, onde ainda mantém um espaço de crónica sobre a história do território, “Pretérito Imperfeito”, e na Rádio Macau, onde foi o autor do programa “Falar de Memória”, que contou com a participação do jornalista e investigador João Guedes. Juntamente com Duarte Drumond Braga, Hugo Pinto coordenou o livro A Abelha da China nos seus 200 Anos: Casos, personagens e confrontos na experiência liberal de Macau, editado em 2022 pelo CCCM e pela Universidade de Macau. Atualmente, Hugo Pinto é jornalista da Rádio Observador