Macau, Cidade do Pecado: Histórias de transgressão na “Cidade do Nome de Deus”

CURSO DE FORMAÇÃO CONTÍNUA

Descrição do Curso

A história de Macau é feita de contrastes – de Oriente e Ocidente, desde logo, mas também de prosperidade e decadência. Luzes e sombras.

Posto avançado do comércio europeu e da missionação católica na Ásia Oriental, que lhe valeu o título de “Cidade do Nome de Deus”, Macau foi também antro de vícios e de contrabando, transformando-se até em “capital mundial do jogo”.

Neste curso, vamos explorar a natureza ambígua de Macau representada nos exemplos de transgressão que permitiram ao pequeno território sobreviver ao longo de conturbados séculos.

São histórias de uma Macau “noir”, em que as personagens são piratas e soldados da fortuna, senhores e escravos, reaccionários e revolucionários, concubinas e meretrizes, agentes secretos e seitas, num teatro de sombras em que virtudes e pecados muitas vezes se confundem.

Planificação – Módulo I

Sessão 1 (6 de maio)

1 – Introdução:

“De bem com Deus e o Diabo”: A natureza ambígua e dúplice de Macau”

Descrição do curso

A natureza dúplice de Macau

Porosidade

Transgressão

2 – Primeiros Contactos:

“Éramos uns demónios em carne humana”: Piratas e substâncias misteriosas

Estranhos em terra estranha

Malaca, os primeiros contactos e primeira expedição à China

Na China de lendas com Fernão Mendes Pinto

O estabelecimento de Macau

Os combates contra os piratas

Âmbar cinzento

Sessão 2 (13 de maio)

3 – República Mercantil

“Tudo se compra e tudo se vende”

Terra sem chefe nem lei

Dupla lealdade

Controlo e harmonia

As riquezas sem igual do Japão

Senhores e escravos

Criminosos, degredados e cargos públicos

Sessão 3 (20 de maio)

4 – Cidade do Nome de Deus

Berço do cristianismo na Ásia Oriental

Mestres da influência e dos negócios

Pecado original: a ideia mais subversiva

Declínio: o fim do comércio com o Japão

5 – De Portos e Portas Abertas

A face universalista de Macau

Sempre o perigo que vem do mar

A corrupta moral protestante

A corrupta moral católica

Um comércio de enganos

Macau decadente: uma nova forma de subjugação

Sessão 4 (27 de maio)

6 – Portos Abertos (de 1685 em diante)

Os estrangeiros em Macau: o perigo da corrupção moral protestante

O comércio desenfreado na Feira de Cantão: cobiça e enganos

A “cidade cristã” e o bazar

Módulo II

7 – Ópio

8 – Cules

9 – Jogo

Horário: Sábados, das 10h00 às 12h30 (4 sessões)

Preço: 80 Euros Módulo I

Inscrição: cursos@cccm.gov.pt

Curso sujeito a um número mínimo de inscrições.

Formador

Hugo Pinto, jornalista, viveu durante 16 anos em Macau, tendo trabalhado no jornal Ponto Final, onde ainda mantém um espaço de crónica sobre a história do território, “Pretérito Imperfeito”, e na Rádio Macau, onde foi o autor do programa “Falar de Memória”, que contou com a participação do jornalista e investigador João Guedes. Juntamente com Duarte Drumond Braga, Hugo Pinto coordenou o livro A Abelha da China nos seus 200 Anos: Casos, personagens e confrontos na experiência liberal de Macau, editado em 2022 pelo CCCM e pela Universidade de Macau. Atualmente, Hugo Pinto é jornalista da Rádio Observador