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A Gramática Universal do Mito
Análise Comparativa e Contrastiva de Mitos Chineses de Origem

Impressionado pelas ocorrências em seu redor, isto e, as imposições e contrastes do ambiente natural em que se inseria, como a oposição entre dia e noite ou entre frio e calor, o ser humano procurou desde cedo, e de forma relativamente rápida, justificar essas circunstancias através da criação de um conjunto de seres sobrenaturais, com grande poder, que, pela própria influencia manifestada, levavam a que ele próprio ora se aliasse, ora se afastasse dos mesmos. Essas explanações, claro, não surgiram espontaneamente, tendo-se assistido, durante um período inicial, a subsistência de um substrato naturista, sobretudo concernente as manifestações naturais do universo, como a presença de rios, plantas ou astros, e, posteriormente, a sua passagem para uma fase animista, traduzida pela crença em espíritos, almas ou divindades, isto e, forças de caráter sagrado que, por alguma razão, administravam esses fenómenos. Desta evolução ou desenvolvimento da imaginação e criatividade humanas, surgiram o medo, o respeito e a devoção perante tais realidades que, ainda assim, no seu ponto de vista, pareciam inexplicáveis. Por conseguinte, nasceu, no ser humano, a esperança de que, por meio da realização de rituais ou estabelecimento de cultos, estas forças pudessem agracia-lo com dádivas, ajudas e, no geral, toda a espécie de bênçãos ou benefícios. Alias, este tipo de praticas,  regulado por, porventura, o que se poderia designar por religião embrionária ou rudimentar, procurava garantir o perpetuo e constante funcionamento do universo, atribuindo-lhe e fornecendo-lhe força para os seus processos de criação e renovação.

Autor: João Marcelo Martins

ISBN: 978-972-8586-63-8
Editor: CCCM – UM
Edição: Lisboa, 2023 | Idioma: Português | Nº Páginas: 279
Dimensões: 231x152x18 mm
Peso: 465 g

A Revista Nova Juventude e os Experimentalistas da Literatura Moderna Chinesa

No início do séc. XX, com o final da era imperial, a China testemunhou profundas transformações políticas e sociais. No domínio da língua chinesa, após décadas de crescente contestação ao uso predominante de chinês clássico na escrita, viveu-se na era republicana uma mudança de paradigma, resultante de insistentes apelos a uma generalização do chinês vernacular. Para além da vertente linguística, diferentes vozes do movimento Nova Cultura incitavam a uma profunda reflexão sobre vários aspectos da cultura e da sociedade, defendendo para isso a criação de uma nova literatura a partir de uma livre experimentação literária em chinês vernacular. A chamada para uma revolução literária em 1917 marcaria o início da literatura moderna chinesa. Este trabalho tem como principal objectivo uma caracterização das primeiras experiências literárias em chinês vernacular que integraram a revista Nova Juventude, uma publicação central no debate cultural durante o movimento Nova Cultura. Tendo como ponto de partida as criações literárias que surgem como resposta aos primeiros apelos do movimento, olharemos para os contextos dos seus autores e para os elementos que contribuíram para a construção de uma nova literatura no país. Adicionalmente, são ainda analisadas algumas das mudanças linguísticas manifestas nos textos publicados neste período de revolução linguística e que persistem no chinês de hoje.

Coordenação: Carmen Amado Mendes

ISBN: 978-972-8586-69-0
Editores: CCCM – UM
Edição: Lisboa, 2024 | Idioma: Português | Nº Páginas: 144
Dimensões: 230x150x10mm
Peso: 250 g

Literatura e Vida Intelectual em Língua Portuguesa na Ásia e no Índico

No âmbito do projeto PortAsia – Escrever a Ásia em Português: mapeando arquivos literários e intelectuais em Lisboa e Macau (1820-1955), desenvolvido no Centro de Estudos ComparaMstas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (CEComp-FLUL), nos anos de 2022 e 2023, foram mapeadas duas bibliotecas e três arquivos com o objeMvo de idenMficar documentos em língua portuguesa produzidos por autores asiáMcos ou com ligações profundas aos então territórios coloniais portugueses na Ásia, a que se juntou Moçambique.

O presente Catálogo reúne referências bibliográficas disponíveis para consulta nas seguintes insMtuições: Academia das Ciências de Lisboa (ACL), Arquivo Histórico de Macau (AHM), Arquivo Histórico de Moçambique (AHMÇ), Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (BFLUL) e Biblioteca Universitária João Paulo II da Universidade Católica Portuguesa (BUCPL). Nestas insMtuições foram idenMficados ainda os seguintes núcleos bibliográficos/espólios, tratados isoladamente neste catálogo: Guilherme Joaquim de Moniz Barreto (1863-1896), da Biblioteca da FLUL, SebasMão Rodolfo Dalgado (1855-1922), da Academia de Ciências e, finalmente, de uma pequena seleção do acervo de António da Silva Rego (1905-1986), da Biblioteca da UCP.

Coordenação: Jorge Tavares da Silva e Carmen Amado Mendes

ISBN: 978-972-8586-65-2
Editores: CCCM – UM
Edição: Lisboa, 2023 | Idioma: Português | Nº Páginas: 199
Dimensões: 230x150x15 mm
Peso: 328 g

O Latinórum na Tóri di Babel:
Humor e Língua na Literatura em Crioulo de Macau

Embora o crioulo de Macau tenha deixado de ser utilizado no dia-a-dia, a sua recuperação tem vindo a revelar-se como um elemento de grande importância na redefinição da identidade macaense.

O Latinórum na Tóri di Babel: Humor e Língua na Literatura em Crioulo de Macau percorre a história da comunidade macaense e da sua língua e faz uma análise da produção textual e videográfica humorística em
crioulo de Macau, desde os textos mais antigos, de finais do século XIX, passando pela bibliografia de José dos Santos Ferreira (Adé) e acabando nos modernos vídeos do grupo Dóci Paptaçóm di Macau. A obra inclui ainda um glossário de termos não-portugueses do crioulo de Macau.

Através da análise do universo humorístico macaense, percorre-se uma história, uma cultura e uma língua e espelham-se a realidade, as aspirações e os medos de uma comunidade que, ao ter a capacidade de rir
de si própria, levanta questões sobre a sua identidade, as alterações a que se vê sujeita e o seu relacionamento com os outros.

Autor: João Pedro Oliveira

ISBN: 978-972-8586-64-5
Editores: CCCM – UM
Edição: Lisboa, 2024 | Idioma: Português | Nº Páginas: 340
Dimensões: 230x150x20 mm
Peso: 550 g

Olhar a China pelos Livros

A China é uma erupção civilizacional trespassada por múltiplas dimensões espaciais, sociais e culturais. Olhá-la representa sempre um processo inacabado, contagiado por perceções subjetivas e contradições. A certeza da incerteza, a angústia do incompreendido são algumas das dimensões que a tomam aliciante na prática da decifração. O estímulo levou a que, ao longo dos séculos, muitos autores se dedicassem a escrever sobre esta terra, as suas gentes, o pensamento e comportamento coletivo, os usos e costumes. São estas obras, as clássicas e as modernas, entre a ficção e o ensaio, a prosa e a poesia, que aqui olhamos, num exercício de confrontação entre uma China sonhada e uma China vivida. Lançámos o repto a dezassete autores para que escrevessem sobre a “sua China”, em sintonia, exposta em obras de referência. Desafiando as advertências do Orientalismo, de Edward Said, procura-se explorar a dialética dos olhares, entre chineses e não chineses, tanto no centro como na periferia. Não é um compêndio sobre livros da China, mas uma publicação sobre apreensões ou emoções vivenciadas no Império do Meio. Trata-se de uma tentativa de correspondência, entre duas perceções, de uma mesma realidade, confrontando o prisma de quem a olhou, com a visão de quem a está a olhar. O desafio faz-nos lembrar as experiências do francês A.D., na China, e do chinês Llng W.Y., na Europa. Estas personagens, nascidas da escrita fina de Malraux, sujeitaram-se ao embate da cultura do “outro”, e, assim, exprimiram por correspondência os palpites da alma com laivos de imaginação.

Coordenação: Jorge Tavares da Silva

ISBN: 978-972-8586-57-7
Editores: CCCM – UM
Edição: Lisboa, 2022 | Idioma: Português | Nº Páginas: 155
Dimensões: 230x150x10 mm
Peso: 267 g

Olhar Macau pelos Livros

Depois de Olhar a China pelos Livros, volta-se a olhar o Oriente pelos contributos livrescos que ao mundo foram dados. Repete-se o desafio, desta vez focado no território de Macau – Olhar Macau pelos Livros
para que novos olhos possam nos dizer o que foi visto em lugares que já um dia foram olhados. Fazem parte desta nova coletânea dezasseis coautores a que correspondem dezassete obras literárias de escritores referenciados sobre a denominada Terra do Santo Nome de Deus. Um exercício de observação, reflexão e análise de contextos orientais através de livros de referência, captações empíricas de momentos históricos, imagens e paisagens ou sentimentos de experiências vividas. As novas perceções foram colocadas em confrontação com os contextos já anteriormente registados em obras de referência. Entre diversos estilos literários, desde a focagem no pequeno porto de abrigo que aos portugueses foi dado, figuras da história ou análise aos caminhos da modernidade, ressalta o papel de Macau como terra de encontros e desencontros entre culturas desiguais.

Coordenação: Jorge Tavares da Silva e Carmen Amado Mendes

ISBN: 978-972-8586-66-9
Editores: CCCM – UM – FCM
Edição: Lisboa, 2024 | Idioma: Português | Nº Páginas: 151
Dimensões: 230x150x10 mm
Peso: 254 g