A Revista Nova Juventude e os Experimentalistas da Literatura Moderna Chinesa

No início do séc. XX, com o final da era imperial, a China testemunhou profundas transformações políticas e sociais. No domínio da língua chinesa, após décadas de crescente contestação ao uso predominante de chinês clássico na escrita, viveu-se na era republicana uma mudança de paradigma, resultante de insistentes apelos a uma generalização do chinês vernacular. Para além da vertente linguística, diferentes vozes do movimento Nova Cultura incitavam a uma profunda reflexão sobre vários aspectos da cultura e da sociedade, defendendo para isso a criação de uma nova literatura a partir de uma livre experimentação literária em chinês vernacular. A chamada para uma revolução literária em 1917 marcaria o início da literatura moderna chinesa. Este trabalho tem como principal objectivo uma caracterização das primeiras experiências literárias em chinês vernacular que integraram a revista Nova Juventude, uma publicação central no debate cultural durante o movimento Nova Cultura. Tendo como ponto de partida as criações literárias que surgem como resposta aos primeiros apelos do movimento, olharemos para os contextos dos seus autores e para os elementos que contribuíram para a construção de uma nova literatura no país. Adicionalmente, são ainda analisadas algumas das mudanças linguísticas manifestas nos textos publicados neste período de revolução linguística e que persistem no chinês de hoje.

Coordenação: Carmen Amado Mendes

ISBN: 978-972-8586-69-0
Editores: CCCM – UM
Edição: Lisboa, 2024 | Idioma: Português | Nº Páginas: 144
Dimensões: 230x150x10mm
Peso: 250 g