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Olhar a China pelos Livros

A China é uma erupção civilizacional trespassada por múltiplas dimensões espaciais, sociais e culturais. Olhá-la representa sempre um processo inacabado, contagiado por perceções subjetivas e contradições. A certeza da incerteza, a angústia do incompreendido são algumas das dimensões que a tomam aliciante na prática da decifração. O estímulo levou a que, ao longo dos séculos, muitos autores se dedicassem a escrever sobre esta terra, as suas gentes, o pensamento e comportamento coletivo, os usos e costumes. São estas obras, as clássicas e as modernas, entre a ficção e o ensaio, a prosa e a poesia, que aqui olhamos, num exercício de confrontação entre uma China sonhada e uma China vivida. Lançámos o repto a dezassete autores para que escrevessem sobre a “sua China”, em sintonia, exposta em obras de referência. Desafiando as advertências do Orientalismo, de Edward Said, procura-se explorar a dialética dos olhares, entre chineses e não chineses, tanto no centro como na periferia. Não é um compêndio sobre livros da China, mas uma publicação sobre apreensões ou emoções vivenciadas no Império do Meio. Trata-se de uma tentativa de correspondência, entre duas perceções, de uma mesma realidade, confrontando o prisma de quem a olhou, com a visão de quem a está a olhar. O desafio faz-nos lembrar as experiências do francês A.D., na China, e do chinês Llng W.Y., na Europa. Estas personagens, nascidas da escrita fina de Malraux, sujeitaram-se ao embate da cultura do “outro”, e, assim, exprimiram por correspondência os palpites da alma com laivos de imaginação.

Coordenação: Jorge Tavares da Silva

ISBN: 978-972-8586-57-7
Editores: CCCM – UM
Edição: Lisboa, 2022 | Idioma: Português | Nº Páginas: 155
Dimensões: 230x150x10 mm
Peso: 267 g