Inauguração | Exposição de Pintura de Ambrósio | Ao Sabor do Sopro do Oriente


«Ao Sabor do Sopro do Oriente» mergulha nas raízes da grande tradição ancestral da estética chinesa cth`an (zen), onde a pintura não imita a visualidade preceptiva do mundo, mas o processo da criação universal. As pinturas aqui apresentadas são interpretações de conceitos filosóficos orientais e um convite ao retorno à unidade primordial. As criações que integram este conjunto de pendões e telas são de uma ilha do arquipélago estilístico diversificado do pintor.
Ambrósio Ferreira, pintor, desenhador e calígrafo, nasceu em 1951 em Castelo Branco. Nesta cidade, viveu a infância e adolescência. Após o serviço militar passou a viver em Lisboa, fez a formação académica na Escola Superior de Belas Artes e licenciou-se em Pintura. As suas criações estenderam-se às artes gráficas e cénicas; no conjunto da sua obra, predomina a pintura, divulgada em exposições colectivas e individuais, e o desenho publicado em livros de poesia e prosa.Docente aposentado, vive e cria no bairro de S.ºAmaro em Lisboa.
Na sua obra pictórica, de grande diversidade estilística e temática, realça-se:
- «XX Variações Sobre uma Temática X» (década de 90), representa a metamorfose do corpo humano e as suas inquietações;
- «A Queda dos Anjos» (1ª década do séc. XXI), reinventa o rosto da crise do mundo contemporâneo;
- «Caligrafias» (2010-2014), pintura gestual marcada pela estética zen;
- «Cerejas», (2000/2010), visão antropocêntrica expressada em linguagem lírica, numa pincelada espontânea onde ideia e forma constituem uma simbiose que sugere mas, não representa. Esta opção marcante nas suas criações, confere à sua obra uma interpretação aberta ;
- «Taú- Sá» (o olho que viu), iniciado em2002 e completado 15 anos depois, invoca o mundo ameríndio desaparecido e a ruptura do homem com a natureza;
- «Incha Allah» (oxalá), (2015 /18), alude`a tragédia dos migrantes;
- «13 Variações numa Paisagem de Horizonte Perdido» (2019-2021), invoca os 13 meses lunares, um calendário ameaçado na sua variedade sazonal;
- «Paisagens Esvanecentes» (2020-2021), invoca a natureza em perigosa metamorfose;
- «O Silêncio dos Sinos»2017-2022), cada tela é a vida num grito reafirmativo do compromisso do pintorr com o Homem num mundo beligerante.
Date
- 16 Abr 2025
- Expired!
Time
- 17:30